ÁREA DO ASSOCIADO

14/06/2018

Copa do mundo - Como usar as marcas do evento de forma legal para promover o seu negócio



As empresas que não são patrocinadoras oficiais precisam ter atenção ao fazer propagandas relacionadas ao evento

A Copa do Mundo FIFA é um evento que tem alcance global. Bilhões de pessoas acompanham os jogos de futebol torcendo pelas seleções de seus países, comemorando quando ganham e lamentando quando perdem. As marcas, é claro, também querem aproveitar o maior evento de futebol de mundo para associar seu produto ou serviço ao evento.


É comum vermos anúncios publicitários que remetam ao tema futebol e aos jogadores da seleção perto da Copa do Mundo (Foto: Reprodução/Pexels)

Por causa disso, é comum vermos anúncios publicitários que remetam ao tema futebol e aos jogadores da seleção brasileira. Mas, segundo o advogado Felipe Oquendo, é preciso ter atenção para não violar direitos autorais.

Especialista em proteção de marcas, Oquendo afirma que, sem tomar cuidado, muitas empresas acabam fazendo o “marketing de emboscada”.  “É basicamente tentar pegar carona em uma marca de terceiros. Isto é normalmente feito por quem não pagou para ser patrocinador do evento e quer tirar algum proveito”. A medida causa muita polêmica entre as empresas patrocinadoras que perdem a exclusividade.

O advogado afirma que, mesmo com as barreiras, é possível fazer propaganda relacionadas à Copa do Mundo. “Cada caso deve ser analisado separadamente porque não há uma fórmula mágica para isso. No geral, é preciso que haja bom senso por parte dos empresários”.

O maior problema, segundo Oquendo, é quando uma marca dá a entender que é patrocinadora da Copa do Mundo. Ele explica que a propaganda pode ser relacionada ao futebol seguindo algumas regras. A empresa pode mostrar alguém usando uma camiseta do Brasil, desde que não seja a camiseta da seleção brasileira ou uma que imite o uniforme da seleção. É possível, também, usar bolas de futebol nas propagandas, desde que não seja a oficial. 

Também há a questão de produtos com símbolos da Copa, tais como o mascote da competição, o escudo da CBF e a logo da Rússia 2018. Neste caso não há negociação: é expressamente proibido fabricar produtos não licenciados com estas imagens. Quem tem loja também precisa checar se os produtos são licenciados antes de vendê-los. 

Segundo Oquenda, hoje não existe uma penalidade comum para marketing de emboscada. “Geralmente as marcas que não são patrocinadoras precisam pagar uma indenização para compensar”. Além disso, são tomadas medidas para impedir que a propaganda seja vinculada, como busca e apreensão, derrubada de um site ou página na rede social e até mesmo cobrir um outdoor.

Em casos mais graves pode haver uma ação criminal com pena de três meses a um ano de detenção.


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