ÁREA DO ASSOCIADO

28/07/2021

A contribuição no campo e seus resultados!



       Faz muito tempo que o campo vem se destacando em termos de avanços tecnológicos em todos os aspectos, podemos dizer inclusive, que para cada produtor rural, temos um pesquisador! Sim, no Brasil é fato que desde sempre o homem do campo se deparou com suas dificuldades e a necessidade de superação.

            Verdade que tivemos muitos ícones nesta história que nos orgulha quando enxergamos o presente, e mais ainda quando olhamos para o futuro no qual vislumbramos até onde podemos ir. Mas reside no passado, a saga de pessoas que resolveram colocar em prática o que Pero Vaz Caminha relatou ao então Rei D. Manuel de Portugal, em carta datada em 01 de maio de 1.500, levado pela exuberância das terras que os olhos contemplavam, “Nesta terra, se plantando tudo dá!”, tirando o exagero e o peso da frase, certamente, Pero Vaz, estava imaginando, tudo o que se podia produzir no Brasil, dado a diversidade que lhe saltavam os olhos.

            Mas, não é apenas plantando que aqui nesta terra tudo dá! Foi necessário pessoas que se destacaram no século passado, na busca por melhores cultivares, melhores técnicas e mais ainda, novos mercados, que fossem capazes de gerar uma receita convincente em relação aos custos de produção e que de fato remunerasse o valor da terra e suas atividades.

            O que dizer de um certo pesquisador chamado Dr. Antonio Secundino de São José, um dos precursores em termos de desenvolvimento de variedades híbridas de milho que aprendera em sua viagem à América e dos exemplares de milho de toda a América Latina por onde passou ou teve acesso. Um trabalho árduo que pode gerar um banco de germoplasma tão rico capaz de gerar variedades tão próprias para cada região de nosso rico rincão brasileiro.

            Neste cenário, hoje vemos percorrer este caminho tantas outras culturas, como soja, diversas hortaliças, frutas diversas e aqui destaco a uva, a qual encontramos sendo produzida em praticamente todo território brasileiro, com técnicas aprimoradas e disseminadas para todos.

            Um importante papel hoje desempenhado por inúmeras universidades, sejam públicas ou privadas, que empenham conhecimento na busca pelo melhor resultado no campo. Empresa de Pesquisa, que em muito tem contribuído em vários territórios do Brasil, na entrega do melhor que se pode desenvolver. Empresas de nutrição, defensivos, equipamentos e máquinas que estão também a campo para contribuir na evolução da agricultura.

            A medida que melhoram-se o planejamento, a gestão da propriedade e o acesso ao mercado, caminhamos para uma evolução natural de cada cadeia produtiva e por isso o Brasil se destaca nas principais commodities produzidas e negociadas no mundo! Mas é necessário evoluir ainda mais, sermos capazes de entender quão importante é agregarmos valor ao nosso produto, aprimorando o que já fazemos de melhor! Investir em tecnologia, que aumentará a distribuição de renda e os níveis de emprego no campo e ainda, será capaz de renovar a geração que hoje ainda está no campo, abrindo para novas possibilidades e demonstrando que o Brasil, sim, é capaz de ser o Celeiro do Mundo e produzir em abundância, respeitando áreas de conservação e de preservação, pois, já temos tecnologia de suprir e muito a necessidade de novas áreas. O Brasil triplicou sua capacidade produtiva, sem ter significativo aumento de suas áreas e isso nos traz a refletir, olhando para o microcosmos de nossa propriedade, questionando, quanto eu produzia na década de 70? Na década de 80? De 90? Quanto produzo hoje?

            Todo este entrelaçamento de pessoas, entidades e empresas, damos o nome de cadeia produtiva do agronegócio, reconhecida como a maior cadeia produtiva do Brasil, podemos dizer que todos ainda estão aqui neste cenário por que ainda temos uma figura muito importante que nos ensina dia a dia, o que é ter resiliência, chamado de Agricultor! A ele toda a nossa homenagem!

Luís Adriano Alves Pinto - Biólogo CRBio 56.705/01-D


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